Este blog tem a finalidade de analisar e discutir acontecimentos jornalisticos do cotidiano.

domingo, 21 de setembro de 2008

VIOLÊNCIA É ALVO DE FILMES BRASILEIROS

Os índices de mortes por causa da violência no Brasil chegam a números alarmantes. As polícias, muitas das vezes por trabalharem com péssimas condições, equipamentos precários e falta de segurança, acabam se corrompendo com os traficantes, aumentando ainda mais a violência principalmente nos morros das grandes metrópoles. E foi justamente sobre a relação entre a polícia e a sociedade que levou o cineasta José Padilha a criar em 2007 o filme TROPA DE ELITE.


Baseado no livro Elite da Tropa, escrito pelo antropólogo Luiz Eduardo Soares e pelos oficiais do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) André Batista e Rodrigo Pimental que conta histórias reais do dia-a-dia da corporação de uma das policias mais respeitadas do Brasil, e que atua no Rio de janeiro.


O filme teve tanto sucesso que mesmo antes de ser lançado no cinema, já era o filme brasileiro mais visto da temporada. A principal empresa de pesquisas do país estimou que cerca de 11,5 milhões de adultos, e também um número desconhecido de crianças já havia visto o filme em DVDs pirateados antes das primeiras projeções.


No enredo Capitão Nascimento (personagem de Wagner Moura) é o comandante BOPE, a tropa de elite da polícia do Rio de Janeiro. Ele quer deixar o posto, pois está prestes a ser pai e tem ataques freqüentes devidos ao estresse e a dificuldade de realizar o seu trabalho na corporação, mas precisa antes encontrar um substituto à altura. Aos poucos, começa a enxergar como candidatos os aspirantes Neto (personagem de Caio Junqueira) e Matias (personagem de André Ramiro), amigos de infância que dividem a mesma indignação com toda a corrupção que vêem na polícia convencional, ou seja, da Polícia Militar.



Tropa de Elite não foi o primeiro filme a tratar a violência no Brasil, em 2002 Fernando Meireles dirigiu o longa Cidade de Deus, que mostra a vida em uma das maiores favelas do mundo, a comunidade Cidade de Deus, que fica no Rio de Janeiro.


Outro filme que trata da violência no Brasil é o filme americano Turistas, que conta o desespero que um grupo de jovens vive ao serem seqüestrados por um caçador de órgãos numa deserta praia carioca quando passeavam pelo Brasil.


Para o professor da rede pública e sociólogo, Luiz Duarte, a violência só será combatida com fortes investimentos na educação. “"Além do combate à corrupção e investimentos na educação, é preciso acabar com a impunidade e acelerar os processos judiciais", afirmou o sociólogo.


Luiz ainda completa dizendo que a polícia ainda é muito mal preparada para tratar de situações de guerra, como vive o Rio atualmente, e exemplifica o caso do menino João Roberto, 3 anos, atingido por disparos depois que o carro onde estava com a mãe foi alvejado por policiais militares no Rio de Janeiro. ."Não temos mais segurança, nem em casa e nem nas ruas. “As pessoas de bem estão se trancando dentro de suas casas, tamanha é a violência, enquanto os bandidos ficam soltos", observa ele.



O jornalista da Rede Globo Caco Barcellos critica a forma de agir das polícias, alegando abuso de violência. “A polícia, que deveria dar segurança, contribui para a disseminação da cultura da violência. Na capital carioca, 25% das mortes é atribuída a policiais. Os criminosos aprendem com a brutalidade a qual são submetidos” afirmou. Ainda segundo o jornalista, no país em que não é admitida a pena de morte, pequenos grupos a praticam todo dia.


Nos 74 países que aceitam tal prática no mundo, foram mortas menos pessoas que no estado carioca. Um dos fatores que contribui para que isso ocorra é a posição de um meio social que se abstêm: “A sociedade é intolerante, violenta e preconceituosa diante das diferenças sociais”, critica.


leia mais:

Mapa da Violência por Municípiod do Brasil - 2008 - Dados Estaduais

Outros filmes que tratam da violência no Brasil

Vídeo: Eduardo Costa, jornalista da Rádio Itatiaia fala da relação entre polícia e jornalistas



vídeo: Eduardo Costa fala sobre Segurança Pública, elogia polícia militar e comemora resultados contra violência.



assista também:


Ações do BOPE nas favelas cariocas.

Sociólogo critica imprensa sensacionalista.




"Hoje não temos mais a opção entre violência e não-violência. É somente a escolha entre não-violência ou não-existência" Martin Luther King

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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

COPO AMERICANO OU COPO LAGOINHA?


O bairro Lagoinha, localizado na região noroeste de Belo Horizonte ficou famoso nas décadas de 1960 e 1970, por ter se tornado o primeiro bairro suburbano da capital e também por ter dado nome a um dos copos mais usados no Brasil.

Antigamente a região era pantanosa e cercada por várias lagoas, o que possivelmente explica o nome dado ao bairro. Formado principalmente por imigrantes europeus trazidos na época da construção da capital, a Lagoinha ainda é habitada por algumas famílias remanescentes dos antigos colonizadores. Por causa delas, durante muito tempo o local ficou conhecido como cantinho da velha Itália em Minas.

Os últimos boêmios de Belo Horizonte não se esquecem da velha Lagoinha, um bairro de limites difusos, mas de características marcantes. Escondida pela rodoviária, cortada por viadutos e radicalmente transformada com a chegada do trem metropolitano, a Lagoinha, de 15 ou 20 anos atrás, era reduto de seresteiros, dançarinos e amantes da noite de Belo Horizonte. Ali, a menos de um quilômetro do Centro, vivia à margem da capital, com seu comércio agitado, os botequins sempre abertos e cheios, suas pensões, o ribeirão Arrudas, o mercado, as farmácias, os camelôs, as delegacias, o barulho do trem do subúrbio e cinemas.


O cinegrafista e jornalista William Félix da Cunha, 44 anos, e sua colega, a atriz e locutora Mitsi Coutinho resolveram contar através de um documentário, a influencia que o bairro exerceu sobre o copo americano, que anos mais tarde passou a ser chamado de copo lagoinha por todos os belo-horizontinos.


O desafio, Segundo o jornalista, está em saber como e porque um simples utensílio doméstico passou a ser referenciado por um bairro histórico da capital mineira. “Acredito que isso aconteceu por ser uma região bastante frequentada por operários e boêmios que participaram da construção da capital, já que o copo americano é um copo usado por pessoas de baixa renda”, disse William.


O projeto do documentário já está em fase de desenvolvimento, e segundo Willian Félix, o objetivo é ouvir pessoas da capital, moradores do bairro, historiadores, e se possível algum representante da fábrica Nadir Figueiredo em São Paulo, proprietária do copo americano para tentar resgatar a verdadeira história do tão famoso copo lagoinha.

Ouça a entrevista com o jornalista William Felix


Leia também:

blog do William
Documentário de outros universitários
Conheça os bairros de Belo Horizonte
Tudo sobre cinema

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

BANDA TRANKS


Quatro amigos unidos por um mesmo ponto em comum: a paixão pela música. TRANKS é formado por: Britadeira (Bateria), GD (Baixo), Bernardo (Guitarra) e Raffa Ursino (Voz). Conheça mais sobra a banda aqui




clipe da música TUDO AO CONTRÁRIO