Baseado no livro Elite da Tropa, escrito pelo antropólogo Luiz Eduardo Soares e pelos oficiais do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) André Batista e Rodrigo Pimental que conta histórias reais do dia-a-dia da corporação de uma das policias mais respeitadas do Brasil, e que atua no Rio de janeiro.
O filme teve tanto sucesso que mesmo antes de ser lançado no cinema, já era o filme brasileiro mais visto da temporada. A principal empresa de pesquisas do país estimou que cerca de 11,5 milhões de adultos, e também um número desconhecido de crianças já havia visto o filme em DVDs pirateados antes das primeiras projeções.
No enredo Capitão Nascimento (personagem de Wagner Moura) é o comandante BOPE, a tropa de elite da polícia do Rio de Janeiro. Ele quer deixar o posto, pois está prestes a ser pai e tem ataques freqüentes devidos ao estresse e a dificuldade de realizar o seu trabalho na corporação, mas precisa antes encontrar um substituto à altura. Aos poucos, começa a enxergar como candidatos os aspirantes Neto (personagem de Caio Junqueira) e Matias (personagem de André Ramiro), amigos de infância que dividem a mesma indignação com toda a corrupção que vêem na polícia convencional, ou seja, da Polícia Militar.
Tropa de Elite não foi o primeiro filme a tratar a violência no Brasil, em 2002 Fernando Meireles dirigiu o longa Cidade de Deus, que mostra a vida em uma das maiores favelas do mundo, a comunidade Cidade de Deus, que fica no Rio de Janeiro.
Outro filme que trata da violência no Brasil é o filme americano Turistas, que conta o desespero que um grupo de jovens vive ao serem seqüestrados por um caçador de órgãos numa deserta praia carioca quando passeavam pelo Brasil.
Para o professor da rede pública e sociólogo, Luiz Duarte, a violência só será combatida com fortes investimentos na educação. “"Além do combate à corrupção e investimentos na educação, é preciso acabar com a impunidade e acelerar os processos judiciais", afirmou o sociólogo.
Luiz ainda completa dizendo que a polícia ainda é muito mal preparada para tratar de situações de guerra, como vive o Rio atualmente, e exemplifica o caso do menino João Roberto, 3 anos, atingido por disparos depois que o carro onde estava com a mãe foi alvejado por policiais militares no Rio de Janeiro. ."Não temos mais segurança, nem em casa e nem nas ruas. “As pessoas de bem estão se trancando dentro de suas casas, tamanha é a violência, enquanto os bandidos ficam soltos", observa ele.
O jornalista da Rede Globo Caco Barcellos critica a forma de agir das polícias, alegando abuso de violência. “A polícia, que deveria dar segurança, contribui para a disseminação da cultura da violência. Na capital carioca, 25% das mortes é atribuída a policiais. Os criminosos aprendem com a brutalidade a qual são submetidos” afirmou. Ainda segundo o jornalista, no país em que não é admitida a pena de morte, pequenos grupos a praticam todo dia.
Nos 74 países que aceitam tal prática no mundo, foram mortas menos pessoas que no estado carioca. Um dos fatores que contribui para que isso ocorra é a posição de um meio social que se abstêm: “A sociedade é intolerante, violenta e preconceituosa diante das diferenças sociais”, critica.
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