
Um fato que acontece no Japão pode ser visto pelo mundo todo, em tempo real nos portais interativos da internet, que ainda por cima permitem a participação do leitor, com opiniões, criticas, etc. Devido a essa istantaneidade da notícia, os jornais estão procurando por profissionais cada vez mais qualificados tecnicamente com estas novas tecnologias (blogs, sites, portais, ferramentas gráficas). Antigamente o papel do jornalista era somente sair pra rua e usar no máximo um gravador para registrar sua entrevista, e hoje o gravador foi substituído pela câmera digital, que, além de fotografar, faz vídeos, tornando assim a cobertura mais aprofundada e rica de informações.
O profissional que não se adequar a estas novas formas de se fazer jornalismo, agregado a tecnologia, está fadado a ficar sem emprego, ou ser o último a noticiar os fatos.
A jornalista Pollyana Ferrari fala da importância de os profissionais estarem cada vez mais munidos de aparelhos capazes de capturar áudio, vídeo e fotos para a sociedade que procura um jornalismo rápido e de quallidade. “No quesito ganhos, o leitor cada vez mais pode se sentir imerso na reportagem, participando dela, opinando. Não vejo perdas, mas sim trabalho dobrado para o repórter, cada vez mais cobrado por habilidades que sequer eram pensadas no dia-a-dia jornalístico há 5 anos.” afirmou. Pollyana destaca que o jornalista multimídia ainda não é valorizado como seria, mas que acredita que um dia o fator técnica fará diferença para o profissional.
Pollyana Ferrari destaca ainda a importância de todo jornalista ter um blog, pois acredita que esta ferramenta, bastante utilizada nos dias de hoje, pode ajudar a formar a opinião do leitor. “Acho uma experiência fundamental. Não só para treinar a linguagem, mas para criar o hábito diário de se reciclar, navegar. Pois o primeiro passo para entender a blogosfera é navegar muito. Blogueiro realmente incorpora o bordão 24×7. Sete dias por semana, 24 horas ligado.”
A jornalista concluiu falando sobre o “jornalismo” praticado por qualquer pessoa na internet através dos blogs, uma vez que é uma ferramente livre para qualquer pessoa que queira ali expressar suas idéias. “Gosto muito de citar um termo da Ana Brambilla, “cidadão repórter”, onde ela comenta que é superimportante que o cidadão repórter tenha sua atividade profissional, até mesmo para ter propriedade para abordar um assunto de seu pleno domínio em uma reportagem. É aquela história de médicos escrevendo sobre um novo tratamento para o câncer, professores falando de educação, arquitetos comentando questões de urbanismo… além, é claro, de todos transformando seu cotidiano em notícia. Não vejo problema nisso, mas o papel do Jornalista, o editor da notícia, continua o mesmo e vai continuar. Não vejo esta ameaça, que apavora centenas de colegas”.
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