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domingo, 12 de outubro de 2008

CRISE ECONÔMICA MUNDIAL

Nos últimos tempos os jornais de economia de todo o mundo estão falando da crise econômica mundial, mas afinal, o que será esta crise? Até que ponto ela afeta a vida das pessoas? Será que ela chegará ao Brasil?


A Crise econômica mundial é um fenômeno que começou nos EUA a pouco mais de um ano quando os bancos e empresas de créditos aumentaram a oferta de crédito disponível para a compra de imóveis. Visando crédito fácil e abundante oferecido nos últimos anos, as pessoas contraíram dívidas bem maiores do que o seu orçamento suportava, lançaram mão de hipotecas (créditos de compra) astronômicas para quitar débitos anteriores e comprar a casa própria e, agora que as taxas de juros desses empréstimos aumentaram e os preços dos imóveis estão recuando, enfrentam dificuldade, fazendo com que a economia mundial entre em colapso. Bancos entraram em déficit com os chamados empréstimos “subprime” (as hipotecas subprime permitem que pessoas com um histórico de crédito desfavorável obtenham acesso a empréstimos que antes não poderiam obter por meio do crédito habitacional convencional).

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O lado negativo desse cenário é que esses empréstimos têm maior chance de inadimplência, o que significa que o devedor não consegue manter os pagamentos em dia. O grande número de hipotecas subprime executadas teve impacto drástico sobre a contração do mercado imobiliário e sobre a economia dos Estados Unidos como um todo. As instituições financeiras também sofreram um pesado impacto, com muitas delas tendo de operar no vermelho e algumas quebrando. Como os empréstimos "subprime" embutem maior risco, eles têm juros maiores, o que os torna mais atrativos para gestores de fundos e bancos em busca de retornos melhores. Estes gestores, assim, ao comprar tais títulos das instituições que fizeram o primeiro empréstimo, permitem que um novo montante de dinheiro seja novamente emprestado, antes mesmo do primeiro empréstimo ser pago.



Também interessado em lucrar, um segundo gestor pode comprar o título adquirido pelo primeiro, e assim por diante, gerando uma cadeia de venda de títulos. Porém, se a ponta (o tomador) não consegue pagar sua dívida inicial, ele dá início a um ciclo de não-recebimento por parte dos compradores dos títulos. O resultado: todo o mercado passa a ter medo de emprestar e comprar os "subprime", o que termina por gerar uma crise de liquidez (retração de crédito).
A crise americana, ao contrário do que muitos pensam, afeta sim, e muito o restante do mundo, uma vez que os EUA são a maior potência do planeta e os principais responsáveis pelo giro da economia mundial. Os mercados ao redor do mundo estão preocupados com o setor imobiliário nos Estados Unidos, que atravessou um boom nos últimos anos e por isso, economistas aconselham as pessoas a gastar menos, fazer poupanças e não fazerem investimentos em bolsas de valores.



Mesmo com a criação de pacotes econômicos para salvar os bancos americanos, as bolsas de valores continuam caindo, principalmente no Brasil. Economistas brasileiros acreditam que o Brasil possa suportar esta crise sem maiores prejuízos, mas alertam para uma nova mudança nas políticas públicas, para, se no caso a crise nos atingir, estejamos preparados.


Coincidências?


A crise atual americana está sendo comparada com a maior crise que os EUA já sofreram em 1929, chamada de “A Grande Depressão”, quando os Estados Unidos perderam mercado para a Europa, que acabara de se recuperar da guerra, o que fez com que a economia americana desmoronasse. Pessoas muito ricas passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores. A crise de 1929 afetou o mundo inteiro, inclusive o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro, e com a situação atual do país, pararam de exportar, fazendo com que os preços do café caíssem.

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